As queimadas no Brasil cresceram 150% em 2024 comparado com 2023, segundo o Monitor do Fogo do MapBiomas. Em números, significa 22,3 milhões de hectares queimados de janeiro a setembro, o que equivale a um território semelhante ao Estado de Roraima.
Infelizmente, é um problema recorrente e que não tem previsão de parar. As queimadas são uma técnica utilizada há séculos para limpar terrenos e preparar as áreas para cultivo. O grande problema é que essa prática causa diversos problemas aos seres humanos e ao meio ambiente, principalmente para o solo.
Hoje, vamos comentar os prejuízos que as queimadas no Brasil causam ao solo e como essa atividade compromete a composição química e biológica da terra e a produtividade agrícola a longo prazo. Acompanhe a leitura!
Qual o impacto das queimadas no solo brasileiro?
As queimadas no Brasil têm efeitos devastadores sobre o solo. Quando o fogo atinge uma área, as temperaturas podem ultrapassar os 700 graus Celsius. O resultado disso é uma grande “esterilização” do solo. Esse calor extremo provoca danos irreparáveis à estrutura e composição da terra, o que consequentemente afeta diretamente sua capacidade de sustentar a vida e a agricultura.
Um dos maiores prejuízos gerados por esse calor intenso é a perda de matéria orgânica. Em um hectare de solo típico, aproximadamente 4% do solo é composto por matéria orgânica, incluindo cerca de 1.200 kg de nitrogênio.
Com as queimadas, esse nitrogênio evapora completamente, forçando os agricultores a recorrer a insumos como a ureia para repor os nutrientes perdidos. Além disso, microrganismos importantes como bactérias, fungos e minhocas, que facilitam a absorção dos nutrientes pelas plantas, são completamente eliminados.
Além do nitrogênio, outros nutrientes essenciais como potássio e fósforo também são muito afetados pelas queimadas. A perda deles compromete a fertilidade do solo, o que o torna menos propício para o cultivo.
Como ocorre a destruição da vida microscópica do solo
Ainda sobre os impactos, as queimadas no Brasil também destroem a vida microscópica do solo. Ou seja, o fogo não apenas elimina os nutrientes, mas também elimina quantidades gigantescas de microrganismos importantes para a saúde do solo.
Bactérias, fungos e outros seres microscópicos possuem influência na decomposição da matéria orgânica, na fixação de nitrogênio e na disponibilização de nutrientes para as plantas. A perda dessa biodiversidade microbiana prejudica bastante a fertilidade do solo.
Sem esses organismos, a capacidade do solo de sustentar o crescimento das plantas fica muito comprometida. E a recuperação dessa comunidade microbiana leva anos ou até décadas, o que depende da intensidade da queimada e das condições ambientais seguintes.
As queimadas diminuem a qualidade do solo
Existe um grande mito no meio rural de que as queimadas estimulam o crescimento das pastagens. Mas será que é verdade? Em regiões onde as gramíneas são cultivadas, muitas pessoas acreditam que o fogo gera um novo ciclo de brotação mais vigoroso. Porém, isso não é verdade.
A realidade é que as plantas apenas recorrem às suas reservas mais profundas de nutrientes para sobreviver após o incêndio. Por outro lado, a perda de nutrientes nas camadas superficiais do solo não é o suficiente, o que empobrece gradualmente a terra.
Outro mito frequentemente dito sobre as queimadas é a crença de que as cinzas ajudam a enriquecer o solo com potássio. Por mais que seja verdade que as cinzas possuem potássio, existem maneiras muito mais eficientes de repor esse nutriente sem recorrer ao fogo.
As queimadas, além de eliminar microrganismos importantes, também reduzem a umidade do solo, o que acelera os processos de erosão e degradação. Nesse sentido, o uso de técnicas sustentáveis de manejo de solo é imprescindível para manter a saúde das terras agrícolas por longo prazo.
As consequências das queimadas no Brasil a longo prazo
Existem muitos prejuízos se as queimadas persistirem ao longo do tempo, sendo que as principais são:
Perda de fertilidade do solo: diminuição da produtividade agrícola e necessidade de intensificar o uso de fertilizantes químicos;
Desequilíbrio na composição do solo: impacto negativo na microbiota e aumento da acidificação da terra;
Redução da capacidade de retenção de água: culturas vulneráveis aos períodos de seca, maior necessidade de irrigação e pressão sobre os recursos hídricos;
Ciclo de degradação e expansão: aumento do desmatamento, perda de biodiversidade e agravamento de problemas ambientais;
Destruição de vegetação e fauna local: alteração dos ciclos naturais de nutrientes e água e desequilíbrio ecológico regional;
Liberação de gases de efeito estufa: emissão de grandes quantidades de dióxido de carbono e liberação de outros gases prejudiciais;
Redução da capacidade de absorção de carbono: destruição de florestas e ecossistemas naturais e diminuição de sumidouros naturais de carbono;
Agravamento do aquecimento global: contribui para mudanças climáticas e intensifica problemas ambientais no mundo.
Como prevenir os danos causados pelas queimadas?
A prevenção das queimadas é o melhor caminho para evitar danos ao solo, por mais que essa tarefa seja extremamente complicada por vários motivos.
Entre as práticas sustentáveis mais indicadas para minimizar o impacto do fogo estão: manejo correto das pastagens e a rotação de culturas. Esses dois métodos ajudam a manter o solo coberto por vegetação, o que protege a terra da erosão e mantém a umidade do solo.
Outra ótima alternativa é o plantio direto, que faz o saneamento sobre os restos da cultura anterior, sem revolver o solo. Essa técnica preserva a estrutura do solo, reduz a erosão e melhora a retenção de água e nutrientes.
Além das formas de prevenção anteriores, o uso de fertilizantes orgânicos também é uma ótima maneira de recuperar solos danificados. Esses produtos, como o AduBio®, oferecem uma alternativa sustentável aos fertilizantes químicos convencionais.
O AduBio®, da JGB Soluções Ambientais, é um fertilizante orgânico composto, rico em nitrogênio e carbono orgânico, que ajuda a restaurar a fertilidade e a estrutura do solo de forma gradual e duradoura.
O uso de fertilizantes orgânicos não apenas repõe os nutrientes perdidos durante as queimadas, mas também atua na recuperação da vida microbiana do solo. Sua liberação lenta de nutrientes reduz o risco de lixiviação e promove um crescimento mais saudável e sustentável das culturas.
Conforme vimos, as queimadas no Brasil são uma ameaça séria à saúde dos nossos solos e à sustentabilidade da agricultura nacional. Os danos causados pelo fogo vão além da perda rápida de vegetação, mas afeta profundamente a estrutura e a fertilidade do solo.
A recuperação dessas áreas leva anos e décadas, o que exige o uso de práticas agrícolas adequadas, como o uso de fertilizantes orgânicos e o plantio de culturas de cobertura.
Para lidar com esse enorme problema, é importante que pesquisadores e membros da bancada política trabalhem em conjunto para encontrar e implementar alternativas sustentáveis às queimadas.
Além disso, os agricultores devem investir em tecnologias sustentáveis e práticas de manejo que reduzam a dependência das queimadas. Produtos como o AduBio® são ótimas maneiras de recuperar solos degradados, ajudar a restabelecer a fertilidade e garantir uma produção agrícola sustentável por anos.
Se você quer aumentar a proteção do solo da sua propriedade, visite o blog da JGB Soluções Ambientais para ter acesso a diversas dicas de agricultura. E, caso queira obter fertilizantes orgânicos de qualidade, acesse agora mesmo a nossa página de produtos e confira a linha AduBio® para obter uma recuperação mais rápida e eficiente do solo da sua lavoura.
Até a próxima!
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